As operações de limpezas de postes em Jaraguá do Sul, executados em parceria entre Celesc, Prefeitura Municipal e sete operadoras de telecomunicações, resultaram no envio de mais de 20 toneladas de materiais para reciclagem. As operações são realizadas semanalmente, em todas as quartas-feiras desde março de 2023, exceto em dias chuvosos, feriados e recessos.
Os cabos obsoletos ou lançados irregularmente sobre a rede coletado durante as operações são enviados em um caminhão da prefeitura para a empresa Biotec Soluções Ambientais. “Assim que a gente recebe, é feita uma triagem. Separamos o fio do ferro e de outros contaminantes que vêm junto ao material, como plaquetas de plástico. Em seguida, o material passa por um processo de moagem”, explica o diretor da Biotec, Alan Jeremias.
De acordo com ele, o ferro retirado dos cabos é comercializado para indústrias de metais e ferragens. Já a capa de fio é destinado a empresas que trabalham com plástico. “Depois, ele volta para o mercado novamente como matéria-prima”, diz Alan.
Para o gerente da Agência Regional da Celesc em Jaraguá do Sul, Danilson Wolff, a destinação correta dos materiais retirados dos postes é um compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental da Companhia. “Além de garantir a segurança e a eficiência da nossa rede elétrica, as operações de limpeza contribuem para a redução de resíduos que seriam descartados de forma inadequada. O envio desses materiais para reciclagem reforça nossa missão de promover práticas sustentáveis em todas as frentes de atuação”, diz.
Operações
Desde o início das operações, já são mais de 83 km de redes higienizadas em Jaraguá do Sul. As ações estão previstas em um Protocolo de Cooperação Técnica (PCT) firmado no ano passado entre Celesc, empresas de telefonia, Ministério Público e Prefeitura Municipal.
Os bairros Centro, Vila Lalau, Amizade, Água Verde, Barra do Rio Molha, Barra do Rio Cerro, Baependi, São Luís e Jaraguá Esquerdo estão entre os que mais receberam os mutirões. Parte das ações são realizadas com base em reclamações recebidas pelo site http://aprovi.org/, cuja criação estava prevista no PCT.
Apesar dos resultados satisfatórios, Danilson lamenta que algumas empresas não tenham aderido ao PCT, fazendo com que alguns problemas ainda dependam “da rotina de notificação e multa”. Ao longo do período dos mutirões foram geradas mais de 1500 notificações de empresas, na cidade de Jaraguá, que foram identificadas como as proprietárias de cabos em situação irregular.
Após ser notificada, caso não responda, a empresa compartilhadora tem seu cadastro inserido no SUI (Sistema de Usuário de Infraestrutura) que bloqueia as análises de novos projetos junto a Celesc. Caso a situação não seja regularizada, a empresa é multada conforme contrato.